Foi assim que aconteceu. Lógico, não se pode deixar de lado aquela sensação de câmera lenta.
Bem ao toque leve e em segundos dos dedos de pele macia daquela menina, pensamentos que rondavam meu raciocínio sumiam de um jeito frustrante, pois de modo tão simples, tiraste minha atenção a coisas sérias e chatas. Veio dúvida, ansiedade, adrenalina e, junto a tudo isso, meios e soluções de me tirar desta enrascada. Porém, sem sucesso.
A luz do sol refletia nas cores das paredes do lado de fora daquela sala onde tudo ocorria. Refletia a iluminação de uma cena entre dois desconhecidos afundados em dúvidas e sentidos, modos e reações.
Ao paralisar, reagi olhando os olhos dela. Grandes, vivos, felizes. Era um mistério, surpresa, coragem. Recuei.
Apertou meus dedos e depois soltou de um jeito linear. Bobo fiquei.
Olho novamente ao olhos. Bela fotografia. Belo papel de parede. Bela textura em minha mente. Bela.