À Prosa em Morte


Há de vir o som de tua voz a pedir tal abraço.
Serei vago e direto em meu dizer,
Que não serei mais um monte de "papos".
Que não serei mortos beijos falsos.
Que não serei dizeres supérfulos.

Me guio, sem importar-me com o devaneio, até Morte.
Até um dia, quem sabe, em busca de vida. 
De minha vida.
De nossa vida.
Da vida deles.

Mudo. Só. Triste. Inutilizável. Morto.

Represento, agora, dias sem a companhia que acalma feras,
Onde olhos vivos são necessários,
Curtas palavras são bem aceitas,
e o bem feitor será atendido com dignidade.

Frágil.

Paro. olho ao fundo de uma parede.
Imagens passam. Lágrima corrida à boca. Dor.

Aos caos de minh'alma,
vibro em desapego aos comuns.
Que da morte,
A mais atraente,
Poemas saem em fileiras mudas.
Em vidas chatas.

Posso perguntar?
Posso destilar o aroma de tua mão?
Posso compor algo?
Posso, de vez, à prosa em morte?

Que seja.





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