Ando
percebendo muito a beleza do mundo. Os instantes mais lindos, detalhistas e
raros da terra. Ter tal tesouro em minha realidade é uma honra. Consequência de
simplesmente parar e olhar pra algo que, para os outros, é algo banal. Já estão
até reclamando que estou muito “aéreo” ultimamente.
Ontem, enquanto enxugava as mãos em
minha toalha de banho que deixara nos fundos de casa, ouvi o bater dos ventos
nas folhas das arvores. Algo deixou aquele ambiente com uma extrema paz.
Parecia estar nos braços de quem mais amamos com aquela sensação de câmera
lenta. Preferia passar os restos dos dias ali. Porém, o destino tende a não lhe
dar o luxo de ter tudo o que queres e nem deixar o que é tão bom por muito
tempo conosco, afinal, precisamos da saudade, do sentimento de falta, pra
quando acontecer de novo, termos a mesma sensação de algo único.
A natureza tá aí, mostrando seus
delírios naturais, suas cores dançantes e seus desenhos lineares feitos por
Deus. Admito, estou apaixonado.
Lógico, há seus perigos. Mas o que
seria de mim se não mudasse o mundo um pouquinho? Afinal, as pessoas que
trabalham para deixar este mundo pior não descansam um minuto, por que eu
descansaria?
Sou um delirante que ama o delírio
que tem.